Natal em Haicai

chorume rega aflorada planta - viçosa no Natal rrr. / amorização pandêmica

Flores em Haicai

além de húmus, o chorume da compostagem nutre minhas Flores rrr. / Zen do Haicai

Aragem em Haicai

viço previsto - Aragem acolhe chorume de compostagem rrr. / Haicai no Atami

Lagartixa em Haicai

furtivo visitante me salva de picadas - Lagartixa se esgueira rrr. / O Zen do Haicai

Chorume em Haicai

vasos acolhem Chorume de compostagem - viçoso presente rrr. / Regina Alonso

Floresta em Haicai

pastará bovino até extrair minério - fogo na Floresta Ricardo Rutigliano Roque

Dia de Finados em Haicai

de presencial vivência saborosa memória - Dia de Finados Ricardo Rutigliano Roque

Flávio Viegas Amoreira em Haicai

Vislumbre daqui - chuva no mar é desejo, transcende o dia Ricardo Rutigliano Roque

Sabiá em Haicai

Sabiá me ajude pro seu canto ouvido o meu rumo mudar Ricardo Rutigliano Roque

São Judas em Haicai

de mãos dadas, em festa com padroeiro do bairro - Padre Chiquinho Ricardo Rutigliano Roque

Jataí em Haicai

vê-se o consumo - colméia de Jataí na caixa de luz Ricardo Rutigliano Roque

Bem-te-vi em Haicai

ninho pequeno se presta a insumo - Bem-te-vi coletor Ricardo Rutigliano Roque

Sonhado Haicai

presente, contorno a água do caminho - passeio Sonhado Ricardo Rutigliano Roque

Criança Desperta em Haicai

puxão no lençol - despertar pela Criança esfria meus pés Ricardo Rutigliano Roque

Veleiro em Haicai

tênue brisa desvela seu rumo - Veleiro ao mar Ricardo Rutigliano Roque

Cão em Haicai

Enquanto descansa a sua mordida - o cão vela rrr. / João Ricardo

Jaca em Haicai

Jaca no pé - mãos no tronco, boca molhada rrr. / Regina Alonso.

Devir

Poesia se diferencia de comunicação social, por ser de livre interpretação, sem estar customizada pelo utilitarismo do artesão das letras, ao evocar um devir constante, uma pedra no sapato do caminhante, mas, a este mostrando o infinito para se livrar de um arquivo, ou cancelamento da linguagem, de seu conteúdo. Parece-me. rrr.

Dia da Criança

sua cria miniatura? água espelha - Criança ensina o homem

Primavera em Haicai

Colorida estação - em meio ao campo a menina caminha Ricardo Rutigliano Roque Frutifero voo - insetos atraídos em meio aos pássaros Ricardo Rutigliano Roque

Libelulinha em Haicai

Ah libelulinha! Ao bater suas asas o seu vento me toca

Haicai dá Pedal

quebra do silêncio - ah, vento da bicicleta no inverno sem chuva! rrr. / Regina Alonso

Choro na Medida, em partitura.

Dia Mundial do Meio Ambiente

D ares
I mportância
A o

M enino
U ne
N orteada
D ignidade,
I nstigas
À
L iberdade.

D espertas
O nde

M ãe
E mbevecida
I nclue
O

A ltivo
M arido,
B ravamente
I ntegras
E xcelsa
N atureza.
T u
E nlevas!

rrr. / filhos de populações tradicionais

https://twitter.com/RicardoRutiglia/status/1269068618844852226?s=19

https://m.facebook.com/groups/315257758514289?view=permalink&id=4192363410803685

Pai Herói em Aforismo

Em demanda de sentir-se herói, própria de zeloso pai na conquista de olhar do filho.
Se trágica em atividade saborosa para ambos, a família desonerada estará.
Alimentada na partilha de tal percepção à mesa forrada pelo pano do tempo.
Parece-me.

Christiano Basile

C aminho
H á!
R eforço
I nconteste?
S aúde,
T estemunho
I ndelével
A
N utrir
O

B em,
A titude
S omada:
I nerente
L iberdade
E merge.

rrr. / Christiano Basile.

Escravidão.

Extroverter sua captura
retifica a vida, introjetada,
desejo-a obstinadamente!

rrr. / capitão do mato.

Dia Mundial da Água.

D eve-se
I nferir
A quífero!

M ata
Ú mida
N utrindo
D á
I ndicação.
A nunciar
L imite /

D eflorestamento.
Á rvores

A ludem
G arantia,
U nindo
A titudes.

rrr / incauto secar.

Ano Natimorto.

S aracura
A bocanha
R uminada
A titude
U ltimada,

D escarnando
O utro

A no
N atimorto!
Z iriguidum,
O h
L ibertário!

-

T aí,
E les
R efizeram
T udo
U ngindo-lhe
L iderança,
I nclusão.
A gora!?

rrr / sinergia pra que te quero.

Haicai no Claustro

Fim de verão -
aconchego do lar
me protege

rrr. / Haicai no claustro.

https://m.facebook.com/groups/990362084453968?view=permalink&id=1664379840385519

https://twitter.com/RicardoRutiglia/status/1240972536831188992?s=19

Transposição do rio Itapanhaú após redução de danos com despoluíção da Henry Borden

Tadinho por tadinho é, leia-se solidariedade por solidariedade, fazer a transposição do rio Itapanhaú que sobe após despoluírem a Henry Borden que desce!

Nidação

Concebido em nidação do óvulo em útero
escura não é a noite
escura não é a mente
brilhante não é o dia
brilhante não é a idéia.

Nasço naquele canal de parto
queda não há nesse dia
queda não há do colo
levantar não é pra agora
levantar não é do dia.

Brinco no chão de terra
sujeira não é do erro
sujeira não é do tempo
limpeza não há na rua
limpeza não é do amigo.

Vida há com meu amor
trabalho não é libertário
trabalho não alimenta
Arte não dá futuro
Arte não dá passado.

Morte não é pregressa
Arte não está presente
Arte não é libertária se ausente
trabalho não será provedor
trabalho não aposenta.

Céu não está carregado
nuvem não é problema
nuvem branca não umedece
azul não é dos mares
azul não é a cor.

rrr. / amigo azul

Acróstico

Preciso relevar o tom imperativo, neste início de frase, também na brincadeira com as palavras - acróstico - quando os signos disputem espaço com os sentidos. Neste quase autismo intelectual a regra é a matemática. Isto me acalma como emissor, quase em detrimento ao sentimento do destinatário? Subverter a superfície com a inquietude profunda é a presunção, que busca o que Manoel de Barros dizia: "a palavra que me aceita eu não aceito", ou em seu "O livro sobre nada
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
Tem mais presença em mim o que me falta.
Melhor jeito que achei pra me conhecer foi fazendo o contrário.
Sou muito preparado de conflitos.
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
O meu amanhecer vai ser de noite.
Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção.
O que sustenta a encantação de um verso (além do ritmo) é o ilogismo.
Meu avesso é mais visível do que um poste.
Sábio é o que adivinha.
Para ter mais certezas tenho que me saber de imperfeições.
A inércia é meu ato principal.
Não saio de dentro de mim nem pra pescar.
Sabedoria pode ser que seja estar uma árvore.
Estilo é um modelo anormal de expressão: é estigma.
Peixe não tem honras nem horizontes.
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas quando não desejo contar nada, faço poesia.
Eu queria ser lido pelas pedras.
As palavras me escondem sem cuidado.
Aonde eu não estou as palavras me acham.
Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
Uma palavra abriu o roupão pra mim. Ela deseja que eu a seja.
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
Esta tarefa de cessar é que puxa minhas frases para antes de mim.
Ateu é uma pessoa capaz de provar cientificamente que não é nada. Só se compara aos santos. Os santos querem ser os vermes de Deus.
Melhor para chegar a nada é descobrir a verdade.
O artista é erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.
Por pudor sou impuro.
O branco me corrompe.
Não gosto de palavra acostumada.
A minha diferença é sempre menos.
Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria.
Não preciso do fim para chegar.
Do lugar onde estou já fui embora."