CosmoImagética.
Cabelo não cobre
imagem escura
que não ilumina
o claro cabelo.
A casa escura
contorna fluída
lá fora há vida
que esconde a casa.
Contraste é claro
estética escura
fluir movimento
fixa é árvore.
Mão fica à esquerda
nutrida escuridão
no silêncio que pulsa
só esquenta a chegada.
Cadê os carneiros?
Nada borboleta
Contra a corrente
cisnes nada igual.
A água reflete
cabelo não mexe
Com bater de asas
me levam você.
As ondas não chegam
maré inexiste.
O lago está fundo,
me deito na relva.
Há raiz sob a pena
que perdeu a voada,
voo baixo agora
na serpente ancestral.
Rasteja raiz
Confunde a pena
Que ali procura
a cosmoimagética.
O ferro confunde
visão no vitral
tecido nas sombras.
Azul de seus olhos
amarelo fio
despenteia cacho.
Por quê você rosa
floresce de costas
para os espinhos?
As folhas convivem
com a clorofila -
guarda exuberância.
Por quê você amor
floresce de costas
às críticas?
Em fruto seu lanho,
como brilho só
eu rejuvenesço.
Ontem.
Ontem um bode solto
Com as cabras só presas
Estrangula alegria
Que floresce na relva.
Hoje sensível visita
Minha inquietude dói,
assalto que era ontem
é estranho ao combinado.
Vida é mar de alegria
Ao querer consumá-la
bem querer consagrado.
A Vela.
Sua energia ágora
há vento nesta sala
me empurra é agora
a chama de uma vela.
Mas o que ela faz
flambando a sua luz
pro lado que é de fora
como respiração.
Pra cima eleva
A cera derrete
A vida se esvai
Só, insanamente.