terça-feira, 9 de agosto de 2016

Choro na Medida.


Na travessa nua
golpeias meu sono
ao nascer da lua.
Mandas como a um cão –
num beco de rua.
Interfonas não!

Só, dentro de mim,
parece esquina.
Edifício não,
este minha sina,
pesadelo é –
vazio e de pé!

Tocas telefone
pra um zelador,
de lá não se escuta -
esta ligação:
“corra, interfona,
manda um chorão”!

Músico acordado -
com sono atrasado.
Pijama amassado
foge do assédio.
Vizinha pergunta -
vai deixar o prédio!?

Músico acordado -
com sono atrasado.
Pijama amassado
balança com tédio.
Vizinha pragueja -
vai quebrar o prédio!

Diante de mim
explode em ruína –
edifício sim,
assim me anima -
tão desmoronado,
 choro mareado!

Areia sem luz
assim não alisa,
tamanho induz
aquece sem brisa.
Caiçara em prédio
não mora no tédio!

Diante de mim
e não tão acima
edifício sim
assim se sublima -
mais apequenado,
no choro ninado.

Ricardo Rutigliano Roque (musicado por Ulysses Mansur).

domingo, 7 de agosto de 2016

Poético Labor.

Chega perto meu dado certo,
leva horizonte à amada.
O sentir concebido amplia,
pétala nascida diálogo.

Paisagem – falta você!
Balança todo firmamento.
Dá a sustentabilidade,
em seu ascendente olhar.

Homônimo, ao lutar daquela,
em ecológico fruído -
predominar à nuvem preta,
rua em democrático céu.

Temer Idade.

O sentir concebido amplia,
pétala nascida diálogo -
homônimo ao lutar daquela 
rua em democrático céu. 

Dá a sustentabilidade, 
em seu ascendente olhar, 
se ecológico fruído, 
predominar à nuvem preta! 

Paisagem – falta você! 
Chega perto meu dado certo, 
leva horizonte à amante, 
balança todo firmamento.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Democracia Esnucada.

   DEMOCRACIA do esnucado voto, pelo bola sete, sobre tapete leucodérmico, vermelho de envergonhado coração alheio, exposto em olfatada maresia, pedinte de vistas ao duplo aquário, declinado de procurar Nemo, sob pelos em variadas direções, mas dominado pela mão direita com três dedos de poderes monocráticos, perto de anárquicas pedras a serem jogadas em búzios sem conchas, estas mordidas por leão de costas à mãe África de tantos filhos sem alicerces de mesa branca, ramelado em lufadas do homogeneizante norte-norte, que congela o sul-sul escravo, que achata, nesse olhar à frente, a nádega obtusa, esta sem a ginga caminhante, britada sem águas saturnínicas, agora projetadas "in natura" em oceano do voto escancarado cheio de dentes, à espreita de violentado escrutínio inválido.
   Ah, vá! Sintam muito!

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Maria da Lapa Rutigliano Roque

M inha
A rte
R eavida -
I ntensa
A metista.

D edicada
A roeira.

L eve
Á gua
P arida,
A colhida.

R etornada
U nicidade
T errana
I luminada.
G estação
L ibertária -
I ncludente.
A té
N utrir
O ntologia

R oga
O rientação
Q ue
U ltimada
E terniza.