Porca e Inútil Fotonovela – ágora dos bichos.
Porco de coleira passeia,
nas areias da praia, nu
Gonzaguinha, defronte ao Gáudio -
aquele prédio com abrigo
anti-aéreo em seu restaurante,
anacronia com moderno –
passeio de suíno e dono,
mas sem a guia em suas patas.
casa às escuras -
em busca do par,
Inseto Cantador?
O racional irá parar
assim, está desatrelado.
Ah, vá; sinto muito, né, peixe!?
Porco invade a nossa praia.
Porco come peixe em areia -
encontro sem guia, sem rede.
Porco e peixe: vivo aroma!
Porco quebra e peixe brinca.
Sonho e Poesia no Tempo.
Uma direção perigosa
que vertiginosa alimenta,
forma uma bala perdida
em sua cabeça pensante -
o lobo frontal estilhaça.
voo em círculo -
no aroma da fruta,
Inseto Cantador.
Regras se partem ao tentar
segurar o tempo naquele
nascer sem saber sua hora
ao querer deitar-se no mundo
surpresa feita aos passarinhos.
Dantescas Palhaçadas em Televisão –
Cecil.
safári em périplo -
em busca do Cecil
dentista caçador
O leão mostra seus dentes -
dentista da mata o tira.
Cecil - destino do tiro,
dentista mata e ira!
O leão ruge - não chora,
choro é do dramalhão.
Sensibiliza o Cecil -
menos uma dentição.
Um rugir em sua trilha
mostra onde o Cecil jaz,
já o tiro é apócrifo
mais parece um tanto faz.
O Sentir de Tico Bonito.
apito na cozinha –
em Pés Descalços
alguém salva o almoço
- Pede ajuda, palhaço, contra fera no palco!
- Esses palhaços defendem, meninos, quem manda!
- Teje preso, seu palhaço, que não se atrela -
libertária palavra traz medo à autoridade.
amarelo eterno
de dia no céu –
aqui no Girassol
Risonho é seu avistar de gente.
Evita marionete suástica,
que enlameia, emascula morte.
Malfadado prevaricar agora.
Lindo amanhecer - unicidade.
Há, ao reverenciar, o retorno,
entronizada exceção ao voto
vilipendiado com ruptura,
aquartelada revolução, né!?
Resiliente alma, olhar...
Ruiu e não insista indivíduo,
cativado com a atividade,
retrógrada, como reminiscência
que paute apenas sua vitória.
Como deve ter se sentido,
o Tico Bonito, obstado
em sua fala de palhaço,
preso em sua praça pública
por polícia neofascista,
em Cascavel ao ser pautado -
reviver poesia morta.
O Sentir Evocado de Garcia Lorca.
“Qué es el hombre sin libertad
Oh! Mariana dime
Dime cómo puedo amarte
Si no estoy libre, dime
Cómo te ofreceré mi corazón
Si no es a mio”
Garcia Lorca ultimado -
poema dito diante
de um pelotão fascista
de fuzilamento – Guerra,
mortal, Civil Espanhola.
O Estado de Direito Quebrado na Aula em Defesa de Tico Bonito.
Por isso minha fala é espaçada,
pra minimizar emoção incontida,
no relato feito em aula que a quebra.
Há convivência no andar só de cima?
E na rua do palhaço já detido?
Desacato ao evitar iatrogenia -
provocar o mal, que o redunda, ehm?
Violência tão comum em escala
gratuita na televisão de casa
onde me pego às vezes descuidado.
Onde é livre há expressão ativada,
intelectual-artística assim,
ou científica comunicação,
independente de alguma censura
como licença – é constitucional!
“Falar a Verdade É Desacato?” – por Lorca à autoridade.
Abuso de autoridade em exercício,
de desacato se questionado o xis,
quando só o totalitarismo soa,
bem na ausência de um contraditório,
contido no lema Ordem e Progresso –
digno de um Carandiru total!?
Opressiva inexistência de tese,
pra tranquila repetição em escala,
no totalitarismo televisivo!
Dialética só soa se flagrada
em foto de Lorca fuzilado assim –
presença de rasa razão rastejante!?
Vinda da Primeira Guerra não filmada,
opressiva é a premeditação -
tiro que fuzila Lorca, pra abrir
predestinada Segunda Grande Guerra
no pelotão só fotografado – fim!?
Gratidão ao Lorca que deu sua vida.
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Perguntas em Consideração ao Manoelês.
Se deserói o habita, Manoel,
quem é o herói que o milita, de barro -
você afora, e quem desafora o pântano?
Pra você só dez por cento é mentira,
tão Manoel de Barros, noventa por cento -
invenção, o que é zerado em sua obra?
Você tem em sua obra, Manoel,
zero por cento de mal humor por quê,
luta de cavalaria – só cavalo.