sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Carta a Meu Neto.

   O seu corpo, meu neto, é o instrumento ideal. Você o autêntico virtuose. Respeitado com ferramenta própria. Emissor de cada autoral nota musical. Esta emitida em repertório de seu próprio programa. Este comunicado com o seu olhar. Em evento ao público de recíproca escolha. Que nesta você atinja empatia. Esta em construção. Que resulte daí o seu repertório, este universal. Constituído com o seu ideal, este adequado à linguagem contemporânea. Em percepção forjada. Agregada ao natural olhar adquirido em família. Agora sob a perspectiva ampliada, esculpida em cada entalhe. Este em cada passo, que dê direção a sua linguagem, bastante corporal, sua.
   A filosofia vem determinada, por seu instrumento - o corpo. Este o guia de cada nicho que se perceba habitat.
   Seu uno se faz entender, com olhar em mim esculpido.
   Parabéns pro cê - meu neto, em meio à marola de suas braçadas.
   Meu abraço à sombra de árvores pra você plantadas.
   Mais vale uma palavra com gosto de brigadeiro - chocolate, que mil abraços de forminhas vazias. Parece-me.
    Felicidades em cada um de seus dias que me habitam.

ter. / Júlio, Lincoln e João Ricardo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Paradigma quebrado, de objeto sentido.


   Outro dia assisti um vídeo com imagens comentadas de uma senhorinha na avenida Paulista, via esta aberta aos caminhantes. Ela adjetivava a persona destituída de utilidade, que andava ali, como à beira de uma praia. Ao ganhar protagonismo, este além de objeto, há quebra de paradigma. Ela se dizia envergonhada e, ao estar coadjuvante de "escravos libertos", se portava como um "capitão do mato".
   Por isso:

E stá
S abendo?
T irar
R azão
É
I niciar
T eratogênica
A titude.
R astilho

L imita
A feto,
C omeça
O bstar
S audade.

D eduzir
E nsaio

F ere
A ntítese.
M alícia
I lude
L ibertária
I nclusão,
A licia.

rrr. 

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Charge do Caruso!

   Quando? Quando aquele com desodorante de marca "Paradigma" vencido se daria conta da posse desse infortúnio!?
   Ao se quebrar tal "Paradigma"!?
  Ao ultrapassar o seu próprio cheiro os limites de sua, já quase expropriada, axila!?
   O cheirar de axila do trabalhor traz, ao se quebrar o frasco do enorme "Paradigma", um risco pior ou melhor a quem? Àquele no cheirar de desapropriada axila ou no feder de expropriadora axila? Do trabalhador ou do fabricante do "Paradigma", este um desodorante vencido!?
   Há desproporcional preço cobrado pelo "Paradigma" vencido quando bastaria o uso do Bicarbonato de Sódio, este branco como a neve. Parece-me.

rrr. / DaCosta.

domingo, 23 de setembro de 2018

Gato e Rato.

   Em psicologia social - afeita à política, se diria que há um fenômeno cíclico de desneurotização, na troca de papéis. Sob o olhar externo, aqui meu, de quem esteja vitimisado e quem o algoz.
   O germânico falido com o judeu rico, na primeira pós guerra mundial, teriam nessa ótica, trocado de tais papéis na segunda guerra.
   A História se repeteria aqui no Brasil contemporâneo? Parece-me, sem colocar palavras em boca de outrém, que há um jogo de gato e rato.

rrr.

O Famélico, o Intendente e o Guardião de Tradições.

   Ao esconder a chave da intendência, do famélico, o guardião de tradições à mesa, não oferece alimento de alma. Os dois pisam o chão da sala de jantar sem o sal que aponte o caminho da cozinha.
   Há detenção de estudante em blitz, pego ao portar panfletos no carro. Buscados sem pressa. Pautados em plenária sem previsão de término, aberta ao protesto. Aponta uma melhoria de hospital escola. Por não se alimentar de luz à mesa, o famélico desnutrido pela sombra da Educação Moral e Cívica, é exposto à eclipse pelo guardião das tradições.
   Pede-se o sal ao prato. Sabor levado à boca com tilintar de talheres que ecoe a história. Que o guardanapo sociabilize os lábios do guardião das tradições. Que o brilho do sorriso reflita o almoço servido. Que o escovar de dentes do intendente, do famélico e do guardião aconteça.
   Parece-me.

rrr.

sábado, 22 de setembro de 2018

Tablado sem Coxia - Tradição sem Intendência.

Querer ser guardião das tradições - dos mitos, sem militar na intendência - com pão que alimenta, é ser pisado como um tablado - palco, sem coxia - reflexão protetora de bastidor. Parece-me.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Em Derrocado Morro Há Fortaleza.

Pro porto de Pedra,
eu ainda pequenino
ali onde tomo café
moro em cima desço à pé,
derrocado Morro do Lima.

Enquanto grande conseguido
nutrir a Fortaleza
de Santo Amaro da Barra
Grande, caiar de branco
junto com meu filho.

Enquanto saúde
conseguido levar
à Estação Valongo
o silenciado caminhão
pra perto do museu Pelé.

Senti-me em casa hoje,
maré enchente traz
o gosto da fortaleza,
perto das docas Valongo
onde as pedras me visitam.

rrr.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Na Raça.

Há uma afogada raça inferior, com o retirar de chão por debaixo de seco querer, em projeto.

sábado, 1 de setembro de 2018

Santa Ignorância.

   Ganho um pássaro, silvestre. Supostamente "Saracura do Brejo". Trazido de Itanhaém a Santos. Saiu da caixa e vupt, em garagem fechada, se escondeu. Cercado, retornou à caixa.
   Telefonado, pro horto florestal de Santos. Como combinado foi ali levado. Já livre do papelão, da caixa e do papel exercido, até ali, por presenteador e presenteado, agora "redimidos". Estes presos à "santa" ignorância, e ele "solto" na gaiola. Subiu em cágado.
   Só aí foi visto, de verdade. Lá ficou. Era chamado Saracura do Banhado. Arrelá!