sábado, 28 de maio de 2016

Ao Tom.

Onanista não emula à vista.
Há Mata Atlântica cultuada,
música estrangeira de avião,
nasce no íntimo de Poço Fundo,
voa no imaterial, registra.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Estupro!

E mular
S olitário !?
T emeridade !
U ltrajante
P articipação :
R econhece
O nanismo !

sábado, 21 de maio de 2016

Mãos Libertas.

Expira aroma,
todo firme em mim -
umbigo ilhado,
banha essa água.

Inspira a onda -
é minimalista,
anelar aliança,
mediada e quente.

Cor de sangue à ponta,
prepara o néctar -
letras não escritas,
mais do menos verso.

Concepto livro-cor,
nasce direção -
indica maestria,
cinco à seguir.

Corpos se encontram,
sinais de outro gênero
razão do viver.

Nasce camaradagem
mãos dadas às outras
se olhem - viajem.

Libertas estão -
criadas venturas,
percutem inocência.

Você meu querer
ondula maré -
pintada celeste.


domingo, 15 de maio de 2016

Alegria Presente e Carta aos que não PaSsarão Do Bra’x’il !

Alegria Presente.


O tiro de canhão –
silêncio já renasce
com flores em calibre
tão generoso agora.

A brocha só dá vida,
a caneta eterniza,
o sorriso emudece
a fala só bradada.

Descobre-se o cenário
antes tão esquecido
saga de uma mãe
ao romper de placenta.

Alegria é norte
o navio a esconde,
vila de pescadores,
por ausente sentir.

Mil quinhetos e tanto
no ágora poético 
meio século mais
América Terra Nova.

Água agora separa -
é o canal de barra,
o passado iscado
no anzol só pintado.

Há luz em seu sorriso
paredes resplandecem
alegria renovada
nas muralhas contentes.

O sorriso em seus lábios
êxtase imagético -
fortaleza branquinha
o navio não esconde.

No encontro da mãe
com escrita do filho,
que inadvetida
antecipa o céu.


Carta aos que não PaSsarão Do Bra’x’il !

Dito adeus –
logo responde:
passarinho, sério!?

Não passarão –
privilégios às custas de direito do passarinho!

Você só chora
a lágrima que fica:
paz enganadora, com o passarinho!

O poder frio
corta a água:
bananice, com o passarinho!

Quebrar o braço 
sem aprender: 
haver-se com o passarinho!

Pernaltamente
passadas ganhas - 
entregocracia, com o que é do passarinho!

Sem corrimão
tombo é certo: 
rolocracia, junto ao passarinho!

Status quo
interino não representa
o passarinho!

Imposta regra
destrói mais:
estais lá ou estáis cá, com o passarinho!

Sem um encontro
mais é tão menos:
"momento Cocoon babando desesperadamente em busca" do passarinho!

É comezinho
minimalista: 
recatado paneleiro, com o passarinho!

A maioria
simples agora:
só pau de galinheiro, contra o passarinho!

Ordem-fatores
muda produto
decretos são grãos, menos importante, sobra pro passarinho!

Achaque não –
decreto antes:
fim da solidariedade sem sentimento, - esperteza, com o passarinho!

Ajoelhar-se
é tão indigno:
passaralho, com o passarinho!

Prisão-terror,
liberta-amor:
"maioria das ruas" - sem mulheres palacianas, minoria passarinho!

domingo, 8 de maio de 2016

Menino Selvagem.

Na praia sonhar -
braçadas ao mar,
peitar temerário
remar nesse horário.

Chegar é mistério,
sair do império -
infância inquieta,
o isopor aquieta.

Braço pequenino,
sozinho - imanente,
tamanho somente
percebe menino.

À noite ele volta,
se antes se solta,
à margem primeira,
paixão traiçoeira.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Teu Porto, Meu Parto.

Retornas líquida,
carícia à ponta -
mucosa quente,
dente aporta.

Fechados olhos -
sentir-te inspira,
querer eterno -
expiras posse.

Vai-vem - água,
presente agora,
perfume à boca,
recebes beijo.

Luz resoluta -
calor o teu.
Brinco enroscado -
meu sentir frio.

Nasço de ti -
canal estreito,
meu mar deixado,
oceano à frente.

Respiro-te,
cama no parto -
chego ao mundo,
meu universo.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Argentias.


Lançadas pela mão 
em cascata se dão. 

Do sonho é a praia - 
se artimanha espraia. 

O sentir pranteado - 
quase lacrimejado. 

No olhar infantil - 
prateado em anil. 

Sem saber o que era 
vislumbrada quimera. 

Argentias ao luar 
desde a água do mar.