Alegria Presente.
O tiro de canhão –
silêncio já renasce
com flores em calibre
tão generoso agora.
A brocha só dá vida,
a caneta eterniza,
o sorriso emudece
a fala só bradada.
Descobre-se o cenário
antes tão esquecido
saga de uma mãe
ao romper de placenta.
Alegria é norte
o navio a esconde,
vila de pescadores,
por ausente sentir.
Mil quinhetos e tanto
no ágora poético
meio século mais
América Terra Nova.
Água agora separa -
é o canal de barra,
o passado iscado
no anzol só pintado.
Há luz em seu sorriso
paredes resplandecem
alegria renovada
nas muralhas contentes.
O sorriso em seus lábios
êxtase imagético -
fortaleza branquinha
o navio não esconde.
No encontro da mãe
com escrita do filho,
que inadvetida
antecipa o céu.
Carta aos que não PaSsarão Do Bra’x’il !
Dito adeus –
logo responde:
passarinho, sério!?
Não passarão –
privilégios às custas de direito do passarinho!
Você só chora
a lágrima que fica:
paz enganadora, com o passarinho!
O poder frio
corta a água:
bananice, com o passarinho!
Quebrar o braço
sem aprender:
haver-se com o passarinho!
Pernaltamente
passadas ganhas -
entregocracia, com o que é do passarinho!
Sem corrimão
tombo é certo:
rolocracia, junto ao passarinho!
Status quo
interino não representa
o passarinho!
Imposta regra
destrói mais:
estais lá ou estáis cá, com o passarinho!
Sem um encontro
mais é tão menos:
"momento Cocoon babando desesperadamente em busca" do passarinho!
É comezinho
minimalista:
recatado paneleiro, com o passarinho!
A maioria
simples agora:
só pau de galinheiro, contra o passarinho!
Ordem-fatores
muda produto
decretos são grãos, menos importante, sobra pro passarinho!
Achaque não –
decreto antes:
fim da solidariedade sem sentimento, - esperteza, com o passarinho!
Ajoelhar-se
é tão indigno:
passaralho, com o passarinho!
Prisão-terror,
liberta-amor:
"maioria das ruas" - sem mulheres palacianas, minoria passarinho!